A exaustão feminina e a síndrome da Mulher Maravilha

As mulheres assumem uma variedade enorme de tarefas mas  parece que ainda não percebemos o alto preço (emocional e físico) que se paga por essa síndrome da Mulher Maravilha.


Fomos ensinadas que precisamos dar conta de tudo: ser uma ótima profissional, ser uma excelente mãe, ser uma “boa esposa”, cuidar da casa com eficiência e afeto, manter um corpo incrível e a saúde em dia, ter o cabelo e as unhas brilhando, um corpo padrão, ter  uma vida social…


Não há sanidade mental que sustenta tudo isso. Muitas vezes, não são as tarefas em si o que mais nos desgasta, mas sim, o fato de ter que fazer TUDO PERFEITO e ainda não receber qualquer tipo de reconhecimento por tanto esforço, já que, essas demandas passaram a ser nada mais que nossas obrigações e não há mérito algum em realizá-las. Nos tornamos equilibristas e a principal abusadora de nós mesmas para que tudo saia perfeito e reféns do nosso próprio julgamento de não sermos boas o suficientes. 


Além disso, assumimos o gerenciamento mental e emocional da casa e da família que nos colocam em uma espiral desgastante de controle que gera ansiedade, depressão e culpa, sacrificando nossa saúde física e emocional colocando em risco nossos relacionamentos. Afinal qual o preço que pagamos por tudo isso? 


Fica o alerta para  nós mulheres para abrirmos mão da Síndrome da Mulher Maravilha, ou seja, essa necessidade de dar conta de tudo o tempo todo. Precisamos ter mais compaixão por nós mesmas, fazer o que é possível e não o impossível, e deixar de lado o perfeccionismo.


Ficar satisfeita quando os seus resultados forem bons e não perfeitos, aceitar os erros e fracassos que fazem parte da vida e celebrar até mesmo as pequenas conquistas. O seu valor não está na sua produtividade. Você não nasceu para ser a Mulher Maravilha e sim para ser Humana.

Por: Camila Custódio –  Psicanalista & Terapeuta

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